terça-feira, 1 de junho de 2010


O CÉU É O LIMITE

A altura, o céu é um dos maiores sonhos, desejos da humanidade. Isso é inegável, quantos de nós – reles seres humanos – sonhamos, lutamos e morremos para alcançar o inatingível, o sublime, o etéreo.
Mas esse texto não tem uma função didática, vamos ao assunto de modo direto. O que se pretende nestas linhas é falar de pessoas que se colocam num pedestal, se colocam numa posição que, imaginam, não possam ser atingidas pelos outros seres humanos. Na verdade, aquelas pessoas que se colocam num pedestal, vêem os outros como reles formigas, e não neguemos: quando vemos seres bem pequenos sentimos um extremo desprezo e uma vontade imensa de pisá-los, destruí-los. Sabe por quê? Porque são esses pequenos seres que mais nos incomodam. Imagine-se dormindo com uma muriçoca no seu ouvido!
Pois bem, o sonho de voar, sair do chão é um dos mais antigos da humanidade, por exemplo, o mitológico Ícaro que derreteu as asas ao se aproximar do sol, hoje em dia o sonho de chegar ao céu se aproxima aos imensos prédios lá pelos Emirados Árabes que vão muito além do imaginado.
Quando você se lança ao alto, sem olhar para baixo, a imensidão, o infinito é tudo que se deseja alcançar, mas não se esqueça: como mensurar o infinito que você quer alcançar e outro problema: quando se lança ao alto sem uma base, sem uma torre de comando, o vôo é sem orientação e para voltar? Como faz? E será que se pode ir tão alto que não possa ser alcançado?
E quando estiver lá em cima e vir que já alcançou o que “tinha” que buscar? Quando a liberdade de voar pelo infinito perder a graça? O caminho de volta será o mesmo? Provavelmente, as pessoas que lhe levantaram ainda estarão por lá, esperando você voltar ou de tão cansadas, com o pescoço dolorido de tanto olhar para o céu, voltarão para suas casas lembrando aquele que voou e nunca alcançou aquilo que buscava porque simplesmente não sabia o que buscar.