segunda-feira, 19 de abril de 2010

A PORTA DE SAÍDA:


E agora, meu irmão, você era só dela, vivia por ela, morria por ela,
Tenho uma noticia pra você...
Realmente você morreu, morreu para o mundo.
Taí triste, caído, bebendo sozinho,
Enquanto ela está lá – sabe-se lá onde!

Aquela porta que você viu se abrir tão esplendorosa,
Agora está fechada para você.
Os braços tão belos, só dizem para você se afastar,
Vocês dividiam sonhos e tristezas, alegrias e reveses,
 Agora, a paz que vocês queriam, cada um tem a sua,
Os sonhos são só seus,
Quem você vai chamar quando acordar?

Sua vida estava nela, não era?
O que vem depois da vida, meu amigo?
Qual o fim irremediável?
 “Nada permanece inalterável até o fim”
O caminho que cada um percorre é o caminho das esperanças enterradas,
As flores murcharam e só ficaram no caminho galhos secos
E raízes retorcidas de uma árvore que não foi regada.
Juntos viveram a mesma vida,
Juntos terão a mesma morte e os mesmos pesadelos.

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